15 de fevereiro de 2012

Piegas or not?


Caro Pedro Passos Coelho, queres mesmo falar de pieguices? Ora, eu cá piegas não sou. Estás sempre a pedir ao povo para ter calma, porque estamos em dificuldades. Tu lamentas-te da situação do país e também compreendes, dizes tu, a situação aflitiva das famílias portuguesas. Pedes mais calma, mais calma, mais calma, e depois é cada tiro cada melro, dás uma no cravo e outra na ferradura, é claro que o povo se queixa, mas só um bocadinho, até porque nós portugueses até somos muito da onda do "deixa andar que isto melhora" e não nos queixamos. A partir do momento que nos tiras as calças, as cuecas e as camisolas aí choramos mas é de frio. Quando nos tiras o pão da boca, porque aumentas o IVA de tudo, quando nos tiras o subsídio de Natal que é nosso POR DIREITO (sabes o que isso é? Falhaste essa disciplina na faculdade, com certeza) aí choramos, mas é de fome. Portanto, Sr. Primeiro-Ministro, antes de nos chamares piegas sê coerente nas tuas atitudes. Assim o povo não chora.

Ah, e se algum dia passares por mim na rua vamos ver que é o piegas. Just saying.

Dar sangue ou "How to save a life"

Confesso que sou uma pessoa que não se importa nada com agulhas, nunca me custou fazer análises, não tenho ataques de pânico cada vez que entro num laboratório (riam-se todos, sou muito esquisita, sim quem é que no seu perfeito juízo não se importa de tirar sangue? Pois bem, euzita). Desde há alguns anos que a minha mãe se tornou dadora e eu, por não ter peso suficiente, nunca podia dar. Até ao dia que finalmente atingi os 50kg (já lá vão uns tempinhos, porque também já não tenho 50kg, tenho MAIS). Decidi que ia passar a dar sangue. Não pelos benefícios que se tinha (sim, tinha, porque agora esses benefícios já desapareceram, mas isso também não me interessa) mas sim pelo simples facto de ajudar. Sou uma pessoa altruísta. Eu sei que é um cliché, que toda a gente diz que é altruísta mas na hora de ajudar encolhem-se e não fazem nada. Eu não sou assim, gosto mesmo de ajudar, de dar. Então lá fui com a minha mãe dar sangue. Preenchi o formulário, fiz os exames e o Sr. Doutor disse que eu não podia dar sangue naquele momento porque...tchanan...a minha tensão estava muito baixa, o que para mim não é problema porque eu sou hipotensa, tenho sempre uma tensão de passarinho. Vai de tomar um café, passear um bocadinho e voltar para ver se já podia. E já podia mesmo. Sentei-me na cadeira, tiraram-me 400ml de sangue em 15min, não doeu, não custou e 400ml de sangue são 10% de todo o sangue que temos, portanto para nós não é nada e para outros pode fazer toda a diferença. Fui-me embora contente e feliz, sem nenhum efeito secundário.

O que peço é, para quem lê este blog (se é que alguém lê), não tenham medo de dar sangue, não custa nada ajudar. Caguem-se para os benefícios, who cares? Vocês PODEM AJUDAR A SALVAR UMA VIDA!