19 de abril de 2013

Amizade sem Sinceridade


"Acredita-se ter encontrado um meio de tornar a vida deliciosa através da bajulação. Um homem simples que apenas diz a verdade é visto como o perturbador do prazer público. Foge-se dele porque não agrada a ninguém; foge-se da verdade que ele enuncia, porque é amarga; foge-se da sinceridade que proclama porque apenas traz frutos selvagens; tem-se receio dela porque humilha, porque revolta o orgulho que é a mais estimada das paixões, porque é um pintor fiel que nos faz ver quão disformes somos. Não admira que seja tão rara: em toda a parte (a sinceridade) é perseguida e proscrita. Coisa maravilhosa, ela encontra a custo um refúgio no seio da amizade.
Sempre seduzidos pelo mesmo erro, só fazemos amigos para ter pessoas particularmente destinadas a nos agradarem: a nossa estima resume-se à sua complacência; o fim dos consentimentos acarreta o fim da amizade. E quais são esses consentimentos? O que é que mais nos agrada nos amigos? São os contínuos elogios que lhes cobramos como tributos. A que se deve que já não haja verdadeira amizade entre os homens? Que esse nome não seja mais do que uma armadilha que empregam com vileza para seduzir? «É, diz um poeta (Ovídio), porque já não existe sinceridade.» Com efeito, retirar a sinceridade da amizade é torná-la uma virtude teatral; é desfigurar essa rainha dos corações; é tornar quimérica a união das almas; é introduzir o artíficio no que há de mais santo e a perturbação no que há de mais livre." 

Baron de Montesquieu, in "Elogio da Sinceridade"

16 de abril de 2013

As pessoas chegam a ser ridículas!

É tão ridículo as pessoas serem apanhadas a mentir e ainda assim arrastam a mentira até ao fim, para se manterem firmes na sua posição. Não perceberam ainda que eu sei a verdade e sei que estão a mentir? Não perceberam que quanto mais falam mais se enterram? Acham que eu não sei que me deram bailinho este tempo todo? Agora chega!

Comigo a mentira não funciona. Podem-me mentir as vezes que quiserem, mas se eu vos apanho na mentira podem-me esquecer, corto tudo pela raíz. E foi isso que aconteceu. 

A mentira tem perna curta, como diz a minha avó.

Danem-se todos!