24 de agosto de 2012

As conversas que me fazem sentir uma "outcast"

Há uns dias vi um post de uma amiga minha no facebook que dizia qualquer coisa como isto:

"Às vezes para me sentir integrada sinto que tenho que falar futilês"

Acho que nunca me identifiquei tanto com uma expressão...Falar futilês é exactamente aquilo que tenho que fazer para me sentir integrada em determinados grupos e em determinadas situações. Quando as únicas coisas que importam são os sapatos que se comprou, que custaram os olhos da cara, o novo carro que se pensa comprar porque o que se tem já não é suficiente, as roupas em demasia e as coisas fashion. O que está in e out. Os fashion statements. E eu fico ali a olhar e a pensar cá para os meus botões: "será que sou só eu que me estou a cagar para o preço que pago por uns sapatos?" Na verdade pouco me importa se visto roupa da Zara ou da Max Mara, o que me interessa é que seja barata e que me fique bem. Sou criticada porque não estou envolvida nos assuntos da moda e porque não sei em que semana se vai realizar a Vogue fashion week, ou lá o que é. Ou porque não sei qual é o último grito da moda em sapatos. Para mim desde que sejam confortáveis e que eu goste é o que me basta. Se são pumps ou peep toes pouco me importa. 

Perguntam vocês: "se não te interessas por esses assuntos como é que conheces as expressões utilizadas?" Pois, parece que estou a entrar no dicionário "futilês" e, por isso, começo a aperceber-me do significado dessas expressões. O que fazer? Sou assim.

Também sei que tenho uma vida diferente da maior parte das pessoas da minha idade, foi uma decisão minha, eu sei, e não me arrependo, mas será que as pessoas não têm visão a longo prazo? Só pensam no curto prazo e em estoirar o ordenado em roupas caras e merdas que não interessam para nada? Não critico quem toma a decisão de se manter na casa dos pais até tarde, ou melhor, quem não toma a decisão de abrir as asas e sair do ninho, ainda assim não me parece nada razoável ter um ordenado, viver em casa dos pais e rebentar com a escala no que toca a compras fúteis. E pagar contas, não? Ganhar responsabilidades? Valorizar aquilo que de facto deve ser valorizado?

Continuo a dizer que sinto que não sou daqui, deste mundo, desta sociedade, porque sinceramente há coisas que me dão a volta ao estômago.


Não quero que pensem que me visto com trapos e vou descabelada para a rua, nada disso. Só não preciso de coisas fúteis para ser feliz. 

20 de agosto de 2012

Adoro...

...quando aquelas pessoas que se acham o centro das atenções ficam lixadas (diga-se fodidas) quando descobrem não o são efectivamente.


A-DO-RO.

10 de agosto de 2012

A importância das coisas...

As coisas só têm a importância que nós lhes atribuímos. Por isso, e depois de sábios conselhos, comecei a rever as minhas prioridades. E não é que as coisas estão a resultar?

Um passo de cada vez, mas tenho fé nesta minha nova fase de libertação do "eu" negativo!

8 de agosto de 2012

Má educação e falta de respeito...

...são coisas que não tolero. Em nenhuma ocasião. Muito menos no trabalho.

Chego do almoço e no átrio encontro uma pessoa que não via há uns anos. Diz-me que está ali à espera de uma pessoa da qual não sabe o nome. Para ajudar, eu pergunto à menina da portaria "de quem é que esta senhora está à espera?"...Resposta: "Hã???" (nervos, muitos nervos, respirar fundo e...) "de quem é que esta senhora está à espera??"..."Está à espera da D. X, mas só ela é que pode resolver o assunto!" (ok, eu também não o ia resolver, mas enfim).

Tendo em conta que o tom que a menina utilizou quando me respondeu, e para salvaguardar futuras situações semelhantes, mais tarde telefono para a alertar de que não se responde "hã" quando não percebe a pergunta, muito menos naquela frequência sonora (leia-se quase-grito), sob pena de as outras pessoas a considerarem mal educada/rude. Resposta: "eu não disse 'hã', VOCÊ (nervos, muitos nervos) é que percebeu mal!". 

E um bocadinho de humildade, não? Pedir desculpa pelo sucedido, não?