27 de janeiro de 2013

Os karmas e as oportunidades

Hoje foi um dia especial. Hoje venci uma limitação: estar numa festa e não conhecer ninguém a não ser os anfitriões. Em tempos tinha pavor e estremecia em situações destas. Muitas vezes não comparecia quando me convidavam, dizia que não podia e esquivava-me, só para não ter que enfrentar este meu pavor. Quando não conheço as pessoas sinto-me insegura e não consigo evitar, fico extremamente nervosa/ansiosa. Mas hoje não. Hoje correu bem. Meti na cabeça que não me posso fechar e não me posso limitar ao meu mundo, tenho que abrir o coração. 

Para além disto, hoje foi um passo importante. A anfitriã desta festa foi a minha amiga T. É minha amiga recente, mas não menos importante que os outros amigos que tenho. Aliás, considero-a mesmo muito mais importante que muitos outros com quem me dou mais frequentemente. A T. sabe mais da minha vida do que a maior parte dos meus amigos. Não tínhamos vida social juntas, no entanto a T. abriu-me a porta da sua vida social para me incluir. Hoje participei num momento importante da vida da T. e estou muito feliz. Feliz por causa da ocasião e feliz porque a T. me permitiu participar deste momento. Estou feliz porque começo a perceber que há pessoas que gostam de mim genuinamente. Estou feliz porque começo a não dar importância a quem eu sempre valorizei mas nunca me valorizou.

A vida dá-me estas oportunidades e eu não as posso desperdiçar. Tenho a certeza que as pessoas são colocadas na nossa vida por uma razão e nunca ao acaso. A T. é esse exemplo, ela compreende-me como só ela sabe e poucas palavras conseguem expressar aquilo que ela representa para mim. No entanto, ela sabe disto. Ou pelo menos eu espero que saiba. 

Quero continuar a partilhar estes momentos contigo, T. Obrigada.*

22 de janeiro de 2013

A auto-estima

A minha auto-estima está basicamente no fundo do poço. Não gosto de me ver ao espelho, não gosto da roupa que tenho e muito menos gosto de me ver com ela. Não tenho vontade de me arranjar, não me apetece sair à noite, não me sinto bem comigo. Não sou eu. Esta não sou eu. Deveria vestir-me melhor para vir trabalhar e não consigo, não me apetece e acho sempre que não vale a pena porque estou fechada num gabinete. Mas depois saio e sinto-me mal, mesmo mal. Não gosto de me ver. Acho sempre que toda a gente comenta que estou horrível, que estou mal arranjada, que não me cuido. Hoje disseram-me: "não gostei muito de a ver ontem, está com um ar abatido, o seu cabelo está enorme, sem forma...Está estranha..." E pronto, a pouca auto-estima caiu por terra e agora estou assim. 

Podia ir comprar roupa? Podia, se tivesse mais dinheiro. Se tenho falta de roupa? Não, tenho é roupa que não devia ter comprado. 

7 de janeiro de 2013

Há coisas...

...Que me ultrapassam. A mim e a todos. A certeza de que estamos neste mundo apenas por breves instantes é uma coisa que me dilacera por dentro, assim como a fragilidade da nossa saúde e acima de tudo da nossa vida. Não sei se acredito no destino, mas acredito que as coisas não acontecem por acaso. Por vezes não são justas, que não são, mas aconteceram porque tinham que acontecer. Mais cedo ou mais tarde acho que ficamos a saber qual a razão, mas enquanto não sabemos permanecemos na angústia, num purgatório sem fim que nos esmaga o coração.

1 de janeiro de 2013

Aqueles momentos em que fazemos a lista "a-não-fazer-no-próximo-ano" e vemos que repetimos meia dúzia deles...

Significa que não andamos a aprender com os erros. Eu, claro, aqui me confesso, sou uma dessas pessoas. Mas este ano será diferente. Eu sinto isso. Eu vou mudar, as pessoas à minha volta vão sentir, mas eu não quero saber. Não vou compactuar mais com este silêncio que me sufoca e que me aflige. Vou fugir...Toda a gente sabe onde me encontrar. Quem me quiser encontrar sabe onde estou, e isso basta-me. Se não me vierem procurar é porque também não valem a pena. 

Este ano é para mim. É meu. Ninguém me vai impedir de perseguir os meus sonhos e de conquistar tudo aquilo que está a vir para mim, porque eu sei que se avizinham coisas boas. Vou criar uma "bolha" à minha volta para me proteger de todas as energias negativas.

A vida encarrega-se de nos mostrar várias hipóteses, cabe-me a mim decidir qual o melhor caminho a seguir. Tenho a certeza que estou a escolher o caminho certo. Tenho a certeza que desvincular-me de certos dogmas me ajudará a libertar alguns karmas. Acabou-se o "parece mal", acabaram-se as obrigações. As prioridades: eu, R. e família. O resto, não passa disso mesmo, resto. Cada um lhe dará a conotação que melhor entender.

Adeus ano velho, vida velha, hábitos velhos. Bem vindo tão desejado 2013. Que sejas o ano de viragem que necessito para seguir em frente.